segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Alert dispensou uma centena de trabalhadores em 2010

A Alert, empresa portuguesa de software clínico, dispensou no último ano perto de uma centena de trabalhadores devido ao contexto macroeconómico negativo, admitiu hoje à Lusa o director geral da empresa com sede em Vila Nova de Gaia.

“Gostava de salientar que não se trata de despedimentos, mas da não renovação de contratos a cerca de 90 trabalhadores em todo o mundo”, disse hoje Ricardo Salgado, realçando que a manutenção dos actuais 700 postos de trabalho depende da celebração de novos contratos.
Ricardo Salgado explicou não poder antecipar “se a empresa vai reduzir ou crescer” em 2011, já que “depende de um conjunto de coisas que não se concretizaram em 2010”, referindo a elevada expectativa em relação ao Brasil, que é o mercado mais importante para a Alert, depois da redução das encomendas na Europa (a foto mostra Cavaco Silva de visita às instalações da empresa no Brasil).
Segundo o responsável, em 2009 a Alert cresceu 17 por cento para 42,7 milhões de euros e no último ano deverá ter registado um volume de negócio s de cerca de 46 milhões de euros, um crescimento longe da prestação dos anos de 2005 e 2006, em que a facturação duplicava.
O Sindicato do Comércio e Serviços de Portugal condena a redução do número de trabalhadores na Alert, argumentando que a empresa tem “apresentado lucros” e que “existiam condições para manter estes trabalhadores”.
“É uma empresa em que houve grandes investimentos do erário público, sobretudo do QREN e, por isso, não deve ter uma ideia economicista”, defendeu Jorge Pinto, manifestando “preocupação” de que “essa situação se prolongue ao longo de 2011”.
A ALERT Life Sciences Computing, empresa de software clínico fundada em 1999 como MNI - Médicos na Internet, aposta na informatização de hospitais, centros de saúde e clínicas médicas, tendo por lema “Paper-free Healthcare. Anyware”, ganhou o prémio PME Inovação da COTEC em 2007.

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