Os grupos petrolíferos italiano Eni e chinês PetroChina assinaram hoje um acordo de desenvolvimento de projectos na China e em África, que inclui a possibilidade de compra de activos italianos pelo grupo da China, o maior consumidor energético mundial.
"A Eni assinou um acordo preliminar com a CNPC/PetroChina" que prevê "um grande número de possíveis oportunidades de actividades na China e a nível internacional", diz a petrolífera italiana em comunicado.
Os dois gigantes petrolíferos "estudaram em particular oportunidades comuns para desenvolver operações em conjunto em hidrocarbonetos convencionais e não convencionais em África", acrescenta.
Segundo o acordo, a PetroChina vai também "avaliar a aquisição potencial de uma participação em certos activos detidos pela Eni", refere ainda o comunicado.
A Eni vai apoiar ainda o grupo na "avaliação das oportunidades nos recursos não convencionais da PetroChina" no mercado chinês, uma parceria que se vai também estender às tecnologias de exploração.
Os dados oficiais chineses prevêem um aumento de 11,2% nas importações petrolíferas chinesas em 2011, um aumento total de 264 milhões de toneladas, ou 5,3 milhões de barris por dia ao longo deste ano.
A Eni detém 33,34% da petrolífera portuguesa Galp, participação que já mostrou interesse em alienar.
O grupo italiano, presente na China desde 1984, referiu no comunicado que o acordo com o grupo chinês "representa um passo em frente na estratégia da ENI, visando reforçar a presença no extremo oriente, uma região com muito potencial".
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