terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Moçambique na rota dos piratas em 2010

O Instituto Marítimo Internacional registou um número recorde de tripulante feitos reféns em 2010, principalmente ao largo da Somália, por piratas fortemente armados, anunciou aquele organismo em Kuala Lumpur.

No total, foram registados 445 ataques em todo o mundo, mais 10 por cento do que em 2009, indicou aquele instituto no seu relatório anual, citado pelas agências internacionais.

De acordo com o relatório, 53 navios foram aprisionados pelos piratas, que fizeram 1.181 reféns, contra 188 em 2006 e 1.050 em 2008. Entre os reféns, há a registar oito mortos.

“Estes números são os mais altos de sempre”, sublinhou o comandante Pottengal Mukundan, director do centro de acompanhamento da pirataria daquele instituto.

No final de Dezembro, 28 barcos e 638 reféns permaneciam nas mãos dos piratas, indicou o instituto que tem sede em Kuala Lumpur e está ligado à rede internacional de Câmaras do Comércio.

O Oceano Índico, em particular o Golfo de Aden, foi classificado como a zona marítima mais perigosa do planeta em 2010. Os sequestros feitos ao largo da costa da Somália representam 92 por cento do total, com 49 navios e 1.016 marinheiros raptados.

No entanto, o número de ataques diminuiu em mais de metade no Golfo de Aden - 53 em 2010 contra 117 em 2009 - graças à presença de navios da marinha de diversos países, incluindo a força europeia Atalanta.
“A actividade dos navios nas águas ao largo do Corno de África deve ser elogiado, porque impediu vários ataques de piratas”, disse o capitão Mukundan.

O instituto alertou ainda os navios de comércio contra a extensão do raio de acção dos piratas no Oceano Índico, até Moçambique.

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