terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Reformas guineenses no roteiro da CPLP e CEDEAO

O ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Aristides Ocante da Silva, disse hoje em Bissau que as Comunidades de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) possuem um roteiro com um conjunto de acções a desenvolver no país, no âmbito do programa de reforma nas Forças Armadas.  

De acordo com o ministro da Defesa da Guiné-Bissau, o roteiro visa evitar sobreposições de acções que as duas instituições pretendem levar a cabo no âmbito dos apoios ao programa de reforma do sector de Defesa e Segurança.  

Entretanto, no dia 6 de Janeiro, o representante da União Africana na Guiné-Bissau, Sebastião Isata, anunciou a chegada em Fevereiro de uma missão de estabilização ou assistência CPLP/CEDEAO/UA.  

O anúncio foi desmentido no dia seguinte pelo primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, que disse nunca ter ouvido falar do assunto e pelo secretário de Estado das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, que falou de uma "discrepância de linguagem".  

No entanto, Isata reafirmou posteriormente o teor das suas declarações, recorrendo a dois comunicados oficiais da CEDEAO e da União Africana.   

Hoje, o ministro da Defesa da Guiné-Bissau confirmou aos jornalistas que as "duas entidades (CPLP e CEDEAO) estão a trabalhar no sentido de evitar o esbanjamento de bens e recursos (...) e nessa base criou-se o roteiro que consiste num conjunto de acções conjuntas programadas no tempo".  

A formação de efectivos militares e da polícia, criação de condições condignas nos quartéis e mobilização de fundos para aqueles que terão ser desmobilizados, são algumas das acções que a CPLP e a CEDEAO têm previsto no roteiro já elaborado, explicou o ministro.  

"Isto é muito importante. São acções que devem ser objecto de aprovação e aceitação prévia das autoridades da Guiné-Bissau. Mas será um roteiro que vem complementar as acções que já estão em curso", declarou Aristides da Silva, citando as iniciativas já em curso com o apoio de Angola. 

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