quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Saúde consta da agenda política do Executivo angolano

A permanente preocupação pela universalidade da prestação de cuidados de saúde, o direito à segurança social e o desenvolvimento humano integral constam da Agenda Política do Executivo angolano, afirmou hoje, em Luanda, o vice-presidente da República, Fernando da Piedade Dias dos Santos. 

"São grandes os objectivos que estão a ser alcançados de forma segura, serena, socialmente sustentável e com o envolvimento da sociedade civil mas, a situação exige que se faça mais e que ganhemos tempo", explicou o vice-presidente na abertura do VII congresso internacional dos médicos.

Disse que o Executivo promoverá as iniciativas que os Médicos se empenhem impulsionar e desenvolver, no sentido de melhorar a prestação de cuidados.

"Por isso, aguarda com expectativa as sugestões que resultarem deste Congresso Internacional dos Médicos em Angola, tendo em vista a defesa do modelo constitucional do Serviço Nacional de Saúde, como garantia de que a saúde é um valor para todos", frisou.

Segundo o vice-presidente, o Executivo angolano está particularmente atento e interessado nos progressos que a tecnologia traz ao domínio da Medicina, traduzida em maneiras de ser, de pensar e de agir face aos doentes.

Porém, alertou aos médicos que não podem esquecer-se de que a tecnologia não é substitutiva da abordagem humana e social na relação com os doentes.

"Não podem, por isso, alimentar o sonho dogmático que a técnica, tão essencial no diagnóstico, na terapêutica e na investigação, pode transportar em si todas as soluções. Como se diz no Estatuto da Ordem dos Médicos: É imperioso realizar uma medicina humanizada", esclareceu.

Asseverou que a abordagem à governação da saúde deve estar centrada em políticas públicas adaptativas, através de soluções elaboradas e correctas formas de gestão suficientemente sofisticadas, tendo em consideração que estamos num mundo global em permanente mudança.

"Vale dizer que se pretende ajudar as pessoas e as comunidades a ajudarem-se a si próprias, colaborando elas próprias para a acessibilidade e a sustentabilidade do sistema de saúde". realçou.

"Devemos construir um verdadeiro compromisso social que envolva os agentes económicos, os profissionais, as instituições de ensino e de investigação em saúde", acrescentou Fernando da Piedade.

Na sua óptica, todos estes actores têm um papel importante na governação da saúde pela acumulação de conhecimento relacionado com a prestação de cuidados.

A isto, explicou o dirigente, chamo autonomia com responsabilização que se exercita, que se desenvolve e que se refere não apenas às grandes questões sociais, como àquilo a que poderemos apelidar de pequenas actividades executivas ou gestionárias, que cada um é chamado a executar no dia-a-dia".

Médicos e bastonários de Angola, Brasil, Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe estão reunidos até sexta-feira, para trocar experiências sobre assistência sanitária aos cidadãos e traçar estratégias que promovam a humanização no atendimento dos pacientes.

O evento realiza-se sob o lema "A Saúde: Desafios Actuais e Futuros" e pretende também prestar uma especial atenção aos problemas da saúde materno-infantil, bem como reforçar os laços de cooperação entre os médicos e as entidades públicas, para a melhoria dos serviços de saúde.

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