quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Petróleo faz "disparar" Timor-Leste

As receitas petrolíferas de Timor-Leste e as receitas fiscais geradas pelo petróleo foram "as maiores de sempre" em 2010, correspondendo a 2.172 milhões de dólares e quase mil milhões de dólares, respectivamente, disse hoje fonte governamental.
De acordo com um comunicado da Secretaria de Estado do Conselho de Ministros, "até 17 de Dezembro de 2010 tinham sido cobrados 2.172 milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) em receitas petrolíferas, o que excedeu em 29 por cento as estimativas orçamentais intercalares".
As receitas fiscais por parte de operadores petrolíferos "foram também as mais elevadas de sempre, atingindo quase mil milhões de dólares (740 milhões de euros), o que representou um aumento de 38 por cento em relação a 2009".
Quanto à economia, as previsões estimam que Timor-Leste esteja no top 10 mundial das economias de crescimento rápido em 2011.
Timor-Leste estava no ranking em 2008, atingiu o maior índice de crescimento económico da região em 2009 e, agora, desde o Economist à Central Asian Newswire, já se fala novamente de Timor-Leste. As previsões avançadas para o país, surgem após três anos de sólidas taxas de crescimento (na ordem dos dois dígitos) e de lucros recordistas no sector do petróleo.
As previsões de crescimento da economia timorense surgem numa altura em que o Governo usa o orçamento de 2011 para investimentos em infra-estruturas, recursos humanos e desenvolvimento sectorial. O Fundo para Infra-estruturas («Infrastructure Fund») e o Fundo para o Desenvolvimento de Recursos Humanos («Human Capital Development Fund»), dois dos principais fundos, serão os veículos para um investimento mais simplificado, coordenado e eficiente nos sectores-alvo.
Embora Timor-Leste seja o país do mundo mais dependente de petróleo, em 2007, uma agenda de reformas impulsionadas por políticas fiscais expansionistas mudaram radicalmente a paisagem social e económica do país. Entre 2007 e 2009, 96 000 pessoas conseguiram sair da pobreza extrema, o que significa um decréscimo da pobreza de 9%.
O Orçamento de Estado para 2011, no valor de 985 milhões de dólares, foi aprovado na generalidade pelo Parlamento e é aquele que, até agora, mais dedicou à reconstrução do país e às pessoas, providenciando oportunidades de emprego, educação, formação, transferências de dinheiro regulares para os mais vulneráveis e medidas na área da segurança alimentar, entre outros.

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