terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sonangol e Grupo Américo Amorim discutem futuro da Galp

De acordo com o Jornal de Angola, a Sonangol e a equipa do empresário português Américo Amorim vão reunir-se até ao final do mês para tentarem chegar a acordo no que diz respeito à estratégia a seguir na estrutura accionista da petrolífera.

Segundo tem sido noticiado na imprensa portuguesa, a empresa pública angolana e Américo Amorim - que detêm em conjunto 33,34 por cento da Galp através da Amorim Energia - têm mostrado interesses divergentes no que diz respeito à estratégia a seguir na Galp.

A Sonangol quer posicionar-se para poder ter uma participação directa na Galp agora que a Eni já pode vender os seus 33,34 por cento na petrolífera portuguesa, enquanto Américo Amorim é “acusado” de dar o seu apoio a uma eventual aquisição daquela posição pela Petrobras. 

“A Sonangol e a Amorim Energia vão reunir-se no final do mês para definir uma posição sobre o negócio”, disse uma fonte próxima do processo à Lusa, acrescentando que só “nesse momento se ficará a saber qual a posição da Sonangol”.

Por seu turno, o ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, recusou fazer declarações sobre a posição de Angola nas negociações que decorrem sobre a venda da participação da Eni na Galp, onde a petrolífera angolana, através do seu presidente do conselho de administração, Manuel Vicente, já disse querer ter uma participação directa.  Para já, são oficiais as negociações entre a Eni e a Petrobras.

Os brasileiros já oficializaram estar a negociar com os italianos a compra da posição que estes detêm na petrolífera portuguesa. Uma opção que parece agradar ao Governo. A 1 de Janeiro, o Primeiro-Ministro português admitiu à Lusa que vê “com bons olhos e com muito interesse” a parceria entre a Galp e a Petrobras.

“É uma grande oportunidade para a Galp, é uma grande oportunidade para a Petrobras e é assim que se constrói um futuro comum”, disse. A cláusula do acordo para-social da Galp que obrigava os principais accionistas, como a Amorim Energia e a ENI, a manterem as suas participações, terminou no dia 31 de Dezembro e esperam-se agora alterações na estrutura accionista da petrolífera.

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